sexta-feira, 9 de abril de 2010

Morumbi para a Copa

Aparentemente este pode não parecer um assunto a ser discutido aqui, mas vou tentar colocá-lo do ponto de vista da arquitetura e do urbanismo. Estádio do Morumbi para a Copa de 2014. A insistência em revitalizar o estádio para sua utilização na Copa não faz o menor sentido. Revitalizar, re-revitalizar, reprojetar e re- reprojetar é atender as necessidades de alguns e não o objetivo precípuo. Não sou paulista nem tão pouco paulistano nem mesmo são paulino. Do ponto de vista da arquitetura é sabido que o custo de uma reforma para adaptar o estádio as exigências da FIFA é e será muito maior que a construção de um estádio novo, ou seja, a não demolição do estádio para a construção de um novo no local atende aos interesses do clube proprietário, pois não precisaria jogar em outro lugar durante as obras. Onde seria instalado o canteiro de obras? Não há lugar para isto junto à área do estádio. Este é um dos pontos a serem discutidos, se é que são discutíveis. Do ponto de vista urbanístico as av. Jorge João Saad e Giovanni Gronchi são absolutamente insuficientes em termos de acessibilidade aos eventos que se propõe, metro a 1,5 km é também demasiado, ou alguém irá propor ou já propôs um ramal até o Morumbi. O estádio do Pacaembu é o único em São Paulo capaz de ser transformado em um estádio sob as exigências da FIFA, o espaço existente é suficiente para a instalação de um novo estádio ou Arena se preferirem alguns. Urbanisticamente também, pois o complexo viário ao redor é suficiente para receber o fluxo que ocorre em eventos deste porte. Metro a 600 m e uma rede de ônibus bastante grande, proximidade dos núcleos hoteleiros diferentemente do estádio do Morumbi. Por estas e várias outras razões insistir nisto não faz o menor sentido. Saudações e troquem de projeto

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Planejamento x Transporte

Há muito tempo o planejamento foi abandonado. Em Curitiba as estruturais foram propostas para que ali serviços e comércio se estabelecessem, bem como os trabalhadores destes setores estabelecessem moradia tendo como efeito prático o desafogo do transporte coletivo. A pressão do setor imobiliário corrompeu o planejamento. Permitir a inversão deste planejamento é responsabilidade do poder público. Temos de voltar ao planejamento antes que o caos urbano se instale de maneira irreversível.